GEOGRAFIA - REDE URBANA - AS CIDADES - 1o BIMESTRE
REDE URBANA
A rede urbana pode ser definida como a interligação entre as cidades que se estabelece a partir dos fluxos de pessoas, mercadorias, capitais e informações. Assim, todas as cidades da rede urbana de um país ou do mundo estabelecem entre si algum tipo de relação, que depende da função que cada cidade possui.
Em virtude da variação da oferta de serviços, negócios, mercadorias, infraestruturas e potencial econômico, as cidades de uma rede urbana constituem-se em uma espécie de hierarquia, na qual uma cidade é mais ou menos atrativa dependendo do papel que ela exerce. Assim, uma grande cidade, por exemplo, que possui os setores de serviços (saúde, transporte, educação etc.) mais bem desenvolvidos, uma grande oferta de trabalho, opções de lazer e mercado consumidor, apresenta uma capacidade de atração maior do que uma cidade pequena que ainda é bastante dependente do meio rural. Essa capacidade de atração de uma cidade, também conhecida como polarização, é o principal elemento utilizado para classificar as cidades de uma determinada rede urbana, que se divide em:
Metrópoles Globais: Cidades com a melhor infraestrutura
urbana do mundo e que, em virtude do seu papel econômico e político e da
quantidade de serviços oferecidos, exercem grande influência a nível mundial,
atraindo pessoas, mercadorias, informações e capitais do mundo todo. São
exemplos de cidades globais: Nova Iorque (Estados Unidos), Paris (França), São
Paulo (Brasil) e Pequim (China).
Metrópoles Nacionais: São cidades que possuem uma grande
influência dentro de um país, polarizando praticamente todo o território. As
principais metrópoles nacionais brasileiras são: Porto Alegre, Curitiba, Belo
Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília.
Metrópoles Regionais: Têm capacidade de atração restrita à
região em que estão localizadas, atraindo pessoas de cidades menores em busca
de trabalho, moradia, educação ou tratamento médico que não encontram em suas
cidades de origem. São exemplos de metrópoles regionais brasileiras: Goiânia,
Belém e Campinas.
Centros regionais ou cidades médias: São cidades que
dependem de outra cidade (metrópole regional ou nacional), mas que possuem uma
oferta de bens e serviços capaz de polarizar uma ou várias cidades no seu
entorno. Um exemplo disso é Santos, que exerce uma influência local no estado
de São Paulo.
Outras cidades: Cidades de pequeno e médio porte que atendem
as necessidades mais básicas da população de pequenas cidades e vilas.
Cidade planejada é qualquer comunidade que foi cuidadosamente planejada desde o seu início e é normalmente construída em uma área anteriormente subdesenvolvida.
As cidades espontâneas são a maioria no país e no mundo. Elas são as que surgiram e foram se formando com o decorrer do tempo, sem nenhum tipo de planejamento urbano e nenhum preparo para atender ao contingente populacional e às necessidades dessas pessoas.
As metrópoles são grandes cidades que exercem vasta influência em termos políticos, econômicos e culturais. Elas apresentam singularidades complexas, mas, no geral, concentram grandes volumes de populações e serviços. São exemplos de tipologias de metrópoles: metrópole global, metrópole nacional e metrópole regional.
Diferenças entre metrópoles e cidades globais
O conceito de metrópole, assim como o de cidade global ou metrópole global, possui as suas particularidades. Tradicionalmente, uma cidade global possui uma importância em termos mundiais, devido às questões políticas, econômicas e culturais. Por sua vez, uma metrópole, com destaque para as nacionais e regionais, possui menor abrangência em termos de influência, ou seja, menor protagonismo na hierarquia urbana mundial.
A cidade de São Paulo (Brasil), por exemplo, é frequentemente apontada como uma cidade global em razão da sua grande importância, principalmente política. Ela também é uma metrópole brasileira, classificada como grande metrópole nacional. Já outra cidade brasileira, Belo Horizonte, é classificada somente como metrópole, dada a sua zona de influência geográfica restrita, atrelada somente à parte do território brasileiro.
Uma área verde urbana ou parque urbano é um espaço urbano com predomínio de vegetação, concebido com diversos propósitos. Nesta categoria, enquadram-se os parques, jardins botânicos, jardins zoológicos, complexos recreativos e esportivos, hípicas e cemitérios-parques, dentre outros. A preservação da natureza e a aclimatação de sua área de domínio – com a melhoria na qualidade do ar – estão entre as prioridades destes ambientes, contribuindo para bem-estar da população local.
Mobilidade urbana é definida como a capacidade de deslocamento de pessoas dentro do espaço urbano, por motivos econômicos, sociais e pessoais. Nesse sentido, é possível entender que todos participam e dependem, de alguma forma, da mobilidade urbana para irem de um local a outro com qualidade e eficiência.