segunda-feira, 24 de abril de 2023

CIÊNCIAS - NUTRIÇÃO E SAÚDE

NOSSA ALIMENTAÇÃO

Uma alimentação saudável é uma alimentação balanceada, ou seja, que tenha variedade de alimentos e seja realizada de forma moderada e equilibrada, qualitativa e quantitativamente. Uma alimentação saudável é essencial para o bem-estar físico e mental do indivíduo. A alimentação inadequada é um dos fatores que contribuem para diversos problemas de saúde. Alimentar-se de forma incorreta, com a ingestão de alimentos pobres em nutrientes e ricos, principalmente, em sódio e gordura associada ao sedentarismo, contribuem para o aumento da obesidade, aumento da pressão arterial e aparecimento de diversas doenças, como as doenças cardiovasculares (responsáveis por cerca de 30% das mortes anuais no mundo). Uma alimentação saudável é essencial para o bom funcionamento do organismo. Os alimentos possuem quantidades diferenciadas de nutrientes, assim, quanto maior a diversidade de alimentos ingeridos e em quantidades adequadas, maior a diversidade de nutrientes ingerida, e sabemos que esses são essenciais para nosso bem-estar físico e psicológico.

DIFERENÇAS DE ALIMETOS E NUTRIENTES

Alimentos: são substâncias, sólidas ou líquidas, que, depois de ingeridas, são degradadas e utilizadas pelo organismo em diversos processos, como na obtenção de energia.

Nutrientes: são substâncias presentes nos alimentos e que são indispensáveis para o funcionamento do organismo. Os nutrientes podem ser divididos em macronutrientes e micronutrientes. Os macronutrientes são os que o organismo necessita em grandes quantidades, como proteínas, carboidratos e lipídios. Já os micronutrientes são os que, embora também essenciais, o organismo não necessita em grandes quantidades, como as vitaminas e os sais minerais.

Embora as fibras sejam essenciais para uma boa alimentação, exercendo um importante papel para o bom funcionamento do sistema digestório, elas não são consideradas um nutriente, pois não são absorvidas pelo organismo.

CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS

Para ter boa saúde, dentre outras medidas, é necessário ter uma alimentação balanceada, ou seja: comer de tudo um pouco. Isso porque, dessa forma, nosso corpo recebe os nutrientes que precisa para se manter bem, na medida certa. Devemos comer todos os dias, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais. Eles são encontrados nos alimentos, em maiores ou menores quantidades.

Proteínas são encontradas em alimentos como cogumelos comestíveis, carnes, ovo, leite e seus derivados (queijo, iogurte, coalhada e manteiga). Alguns alimentos de origem vegetal também são ricos em proteínas. Alguns exemplos são: arroz, feijão, milho, lentilha, grão-de-bico, soja, amendoim, nozes, amêndoas e castanha-do-pará. Como as proteínas ajudam o corpo a crescer, a se renovar e a se manter resistente, alimentos que contêm grandes quantidades dessa substância são classificados como alimentos plásticos ou construtores.

Carboidratos e gorduras (também chamados de lipídios) são classificados como alimentos energéticos, já que é a partir dessas substâncias que o organismo adquire energia para realizar suas tarefas. Graças a isso e a tais alimentos, podemos realizar uma série de atividades, todos os dias.

Reguladores que ajudam no funcionamento correto do corpo e prevenção de doenças. São eles os sais minerais e as vitaminas. Sais minerais são encontrados na água, e em diversos outros alimentos, tanto de origem vegetal quanto animal. Este último caso se aplica também às vitaminas. Exemplos de alimentos ricos em sais minerais e vitaminas: carne, ovos, queijos, leite, vegetais (manga, uva, laranja, maçã, melancia, acerola, espinafre, agrião, beterraba, cenoura, pepino, berinjela, tomate, feijão, lentilha, arroz, etc.) e azeite.


IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA O ORGANISMO

A água é uma das principais substâncias que compõem o nosso organismo. Dentre suas diversas funções, podemos destacar: regulação da temperatura corporal; atuação como solvente de diversas substâncias; atuação no transporte de substâncias pelo organismo, como os nutrientes obtidos na alimentação; essencial para os processos de digestão dos alimentos, absorção de nutrientes e eliminação de resíduos metabólicos; essencial para o funcionamento de diversos órgãos, como os rins; entre outras funções. Diante disso, é essencial que, além de uma alimentação balanceada, haja uma ingestão adequada de água. A água está presente em diversos alimentos, como verduras, frutas, carnes, leites, sucos, entre outros. No entanto, é importante que ela também seja consumida na sua forma pura, observando sempre se essa se encontra própria para consumo. A quantidade de água ingerida por dia varia de acordo com cada organismo e suas necessidades, além das condições climáticas e atividades realizadas por cada indivíduo. O valor recomendado para ingestão diária de água varia entre 1,5 litro e 3 litros. Crianças e idosos devem ter atenção redobrada em relação à ingestão desse líquido, pois são mais suscetíveis à desidratação.


CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS

Na Antiguidade, quando não existia energia elétrica e muito menos geladeira, as pessoas tinham o grande desafio de conservar os alimentos. Eram usadas várias técnicas, como a de defumar, salgar ou secar ao sol alguns alimentos. Todas essas técnicas eram utilizadas para conservar os alimentos para o armazenamento, pois em épocas de frio, seca ou escassez de alimentos, as pessoas já teriam um estoque de comida. Até hoje é comum encontrarmos as técnicas de salgamento e defumação de alimentos, tanto para sua conservação quanto pelo sabor que essas técnicas proporcionam aos alimentos. Nos dias atuais isso mudou. Alimentos produzidos em fazendas e indústrias devem ser bem conservados (para que não estraguem quando transportados) e bem armazenados até a hora do seu uso pelo consumidor. Em função disso são produzidas embalagens cada vez melhores para acondicionar o alimento – que, por sua vez, tem quantidades cada vez maiores de conservantes. Ao comprar um alimento devemos tomar alguns cuidados. Primeiro devemos olhar a data de vencimento. Alimento fora do prazo de validade pode estar estragado. É bom observar também como as embalagens dos alimentos estão. Potes abertos, caixas rasgadas, latas amassadas, enferrujadas ou estufadas, indicam que o alimento pode ter sido contaminado por micro-organismos, que podem causar problemas graves de saúde, e até a morte. Ao comprar um alimento in natura, ou seja, alimentos frescos, como frutas, verduras, queijos, carnes, entre outros, é importante observar se eles não estão amassados, se estão com boa aparência, com as cores específicas e sem cheiro ruim. É muito importante observar as condições de higiene do local onde alimento in natura está sendo produzido e vendido, pois, às vezes, muitas doenças são transmitidas em razão da falta de higiene. Ao chegar em casa, depois das compras, é hora de armazenar os alimentos. É sempre bom observar e seguir as instruções de armazenamento que estão presentes nos rótulos das embalagens. Assim, os alimentos serão conservados por muito mais tempo sem perigo de contaminação por micro-organismos.

IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

A alimentação saudável tem sua importância por proporcionar uma série de benefícios, como:

• Melhoria do sistema imunológico e maior capacidade de concentração

• Mais disposição para as atividades diárias e prevenção de doenças

• Auxilia o sono e combate a depressão e o estresse. A falta de uma alimentação saudável está relacionada com a desnutrição e transtornos alimentares.

Alguns hábitos podem ser adotados para se conseguir uma alimentação saudável. São eles:

• Evitar o consumo de óleos vegetais e manteigas;


• Consumir menos sal e açúcar;

• Beber, no mínimo, 2 litros de água por dia;

• Evitar alimentos com conservantes;

• Procurar uma alimentação variada e colorida;

• Comer entre 3 a 5 porções de frutas por dia;

• Comer em intervalos regulares de 3 horas;

• Evitar os fast foods.

PROBLEMAS LIGADOS À ALIMENTAÇÃO

Todos nós sabemos que devemos manter uma alimentação saudável, rica em produtos de origem vegetal e com pouca quantidade de gorduras e açúcares. Apesar disso, o que vemos é um aumento no consumo de produtos industrializados, ricos em gorduras e conservantes, e de fast-food, como pizzas e sanduíches. Mas será que esse hábito faz algum mal? Primeiramente devemos entender que uma alimentação saudável se baseia no consumo de todos os nutrientes necessários para o funcionamento adequado do corpo. Assim sendo, é fundamental que nossa dieta inclua proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas e sais minerais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), grande parte da população não ingere os valores mínimos recomendados de sais minerais e vitaminas, por exemplo. Essa deficiência pode provocar problemas na formação dos ossos, anemias, fraqueza muscular, problemas de visão, dificuldades respiratórias etc. Além disso, alimentos industrializados podem conter 23 substâncias que fazem mal em grande quantidade, como é o caso dos açúcares, gorduras e sódio. O açúcar, por exemplo, pode ser responsável pelo aumento do peso e da quantidade de gordura no sangue. A gordura, por sua vez, relaciona-se com problemas nos vasos sanguíneos e no coração; e o sódio provoca pressão alta quando consumido em excesso.

Vale frisar também que a alimentação inadequada pode desencadear a obesidade, uma doença crônica que atinge uma grande parcela da população e é resultado do excesso de gordura corporal. A obesidade não é apenas um simples problema estético, estando relacionada com casos de hipertensão arterial, diabetes, infartos e até mesmo cânceres. Algumas vezes não é o excesso de alimentação que causa danos, e sim a deficiência de nutrientes. Denomina-se de desnutrição a condição clínica caracterizada pela deficiência de algum nutriente, seja pela má alimentação, seja pela ingestão insuficiente. Esse problema de saúde gera perda muscular, emagrecimento, alterações na pele e cabelo, anemia, alterações ósseas e no sistema nervoso, entre outros danos.

OITO DOENÇAS CAUSADAS PELA MÁ ALIMENTAÇÃO E DICAS PARA EVITÁ-LAS

01. Obesidade: Doença causada por uma alimentação rica em gordura, açucarada e com excesso de proteína.

02. Gastrite: É a inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as paredes internas do estômago. Pode ocorrer quando a pessoa faz poucas refeições ao dia com grande volume de alimentos e com grande intervalo entre cada refeição.

03. Colesterol elevado: O aumento de colesterol na corrente sanguínea pode ocasionar entupimento de veias e artérias causando o infarto e derrame. O colesterol vem de duas fontes: do organismo e dos alimentos que você ingere.

04. Hipertensão arterial: Doença que surge devido ao excesso de sal na alimentação.

05. Desnutrição: Doença que surge devido a uma alimentação com baixa de calorias e nutrientes.

06. Doenças generativas: Surgem devido à prática de uma alimentação com alto teor de gorduras saturadas, colesterol e ao elevado consumo de calorias.

07. Prisão de ventre; Problema de saúde derivado do consumo excessivo de alimentos refinados, como a farinha, o açúcar, a carne, as gorduras. E também devido ao consumo insuficiente de fibras de vegetais e frutas.


08. Anemia nutricional: Doença resultante da insuficiência do consumo de ferro e ácido fólico, devido ao consumo excessivo de açúcares, gorduras e alimentos refinados.

OBESIDADE

A sociedade mudou e, com ela, os nossos hábitos de vida. Entretanto, essa mudança não foi benéfica para o nosso corpo. As crianças, por exemplo, quase não praticam atividades físicas, ficando grande parte do tempo em seus computadores e smartphones. A alimentação também perdeu qualidade, sendo baseada, na maioria das vezes, em fast food e produtos industrializados. A consequência dessas atitudes é o crescente aumento da obesidade na população, inclusive em crianças. Estima-se que, no Brasil, cerca de 52% da população esteja acima do peso e 11% sejam obesos. A obesidade caracteriza-se pelo aumento de gordura no corpo e pode ser desencadeada por fatores genéticos ou pelo desequilíbrio entre a quantidade de alimento ingerida e o gasto de energia daquele indivíduo. Esse último fator é o mais comum. A obesidade está relacionada com sérios problemas de saúde, tais como acidentes vasculares encefálicos (derrame), aumento da pressão arterial, diabetes, aterosclerose, cânceres, problemas pulmonares, problemas ortopédicos, entre outros. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 80 mil mortes poderiam ser evitadas se as pessoas não estivessem obesas. Para saber se um indivíduo está obeso, é possível realizar um cálculo relativamente simples: o Índice de Massa Corpórea (IMC). A partir desse cálculo, que é feito dividindo-se o peso de um indivíduo em quilos pela sua altura em metros ao quadrado, é possível determinar se a pessoa está ou não com sobrepeso. De acordo com os valores de referência, quando o IMC é maior que 25, o indivíduo encontra-se com sobrepeso. Caso os valores sejam maiores que 30, o paciente está obeso e, consequentemente, apresenta maiores riscos de desenvolver doenças cardíacas, diabetes e hipertensão. Vale destacar, no entanto, que o IMC não consegue diferenciar o que é massa magra (livre de gordura) do que é realmente massa gorda. Sendo assim, pessoas com músculos desenvolvidos, por exemplo, poderiam ser consideradas obesas. Podemos concluir, portanto, que o cálculo do IMC deve ser acompanhado da avaliação de outros fatores.


A obesidade é uma doença grave e deve ser tratada de maneira efetiva. Normalmente o problema pode ser resolvido de três maneiras diferentes: realização de dieta, medicamentos e cirurgia. O método escolhido depende muito do estado de saúde de cada pessoa. Vale destacar que, para que ocorra o sucesso do tratamento, é fundamental que o paciente tenha em mente que esse problema pode-lhe trazer consequências graves, podendo até mesmo levá-lo à morte, e que as mudanças no estilo de vida devem ser permanentes.

DESNUTRIÇÃO

A desnutrição é um problema de saúde grave que afeta muitas pessoas ao redor do mundo, principalmente crianças de localidades pobres. Esse problema pode ser definido como a deficiência de algum nutriente do nosso corpo. A desnutrição pode ter várias causas, que podem ser classificadas em primárias e secundárias. As causas primárias estão relacionadas a uma alimentação deficiente em calorias e nutrientes, ou seja, a pessoa apresenta uma alimentação pouco equilibrada ou não se alimenta suficientemente. A causa secundária, por sua vez, diz respeito a outros fatores que não a falta de uma alimentação de qualidade. Nesses casos, normalmente a desnutrição pode estar relacionada a doenças como verminoses, dificuldade de absorção, intolerância alimentar, alergias e anorexia. A desnutrição surge, principalmente, em crianças mais novas, logo após os seis meses de vida. Esse período é especialmente crítico, pois é o momento em que a criança começa a receber uma complementação alimentar ao leite materno. Além desse grupo, mulheres grávidas ou em período de amamentação, idosos e pessoas com doenças crônicas também compõem o grupo de risco da desnutrição. Perda de massa muscular e de gordura; Problemas no crescimento; Problemas na pele e no cabelo; Anemia; Má formação óssea; Problemas no sistema nervoso; Alterações psicológicas, como apatia e tristeza; Problemas no sistema imunológico, que deixam o indivíduo mais sujeito a infecções. A desnutrição é geralmente diagnosticada com a análise do peso e da altura de uma pessoa e a comparação desses dados com os do restante da população. Outra opção é medir a circunferência da parte superior do braço. Pode ser feita também a análise da alimentação do paciente. O tratamento da desnutrição baseia-se em fornecer os nutrientes necessários para a pessoa desnutrida. Também é fundamental tratar a causa da desnutrição, como verminoses e problemas absortivos.